Arritmia cardíaca.

Se eu trancar a porta e as palavras me faltarem ou minhas pernas não andarem, por favor, perdoe-me desta falha. Não é por descaso nem pelo travesseiro já molhado. É por ter tanto amor trancado a cadeado
num peito que ficou cansado de tanto tentar.

Recado.

Mais uma vez eu fui trocado
e virei a madrugada acordado
porque minha nêga preferiu sambar a noite inteira.
Eu fiquei olhando pra lua que me chamava,
esperando a noite cair
pra simplesmente não dar em nada.
Mas que preta mais danada!
Nunca tem hora pra chegar em casa,
nunca tem hora pra me ligar.
Ô, preta, vê se pega o telefone e liga pra seu nêgo
que ta com saudades.

Essa vida de sambista é boa, sim,
mas tem que combinar tudo
pra poder dividir,
uma noite pra ele,
uma noite pra mim.

De manhã quando ela liga,
eu to saindo pra mais um dia.
Eu faço que não gostei,
mas na verdade, eu não me importei.
Eu quero é ver minha preta feliz.
Mesmo porque a partir de hoje
o recado tá dado:
o samba pode até acontecer,
mas sem eu ser trocado
e com hora pra me ligar.

Porque vida de sambista é boa, sim,
mas tem que combinar tudo
pra poder dividir.
Uma noite pra ele,
Uma noite pra mim.
Uma noite pelo samba,
Uma noite por mim.
Quem te deu a permissão de me deixar vazia de você? Até a chuva veio, hoje pela manhã, ver o estrago que você fez dentro do peito. Veio sentir junto comigo essa saudade invasora. Assistir cada pedaço de sentimento se rasgar feito papel sem escritos.
Temos tanta pele pra tocar, tantos braços pra sentir. Tanta música pra chorar e meu coração tá aqui vazio.
Vem pra casa que o travesseiro já não comporta mais os meus braços cheios de falta e o chão não seca de tanta lágrima que eu derramei.


Sem sentido, autocontrole negado ou sem título.

Pelo dia eu controlo minha ousadia de vigiar seu sorriso em silêncio. Controlo a saudade que eu sinto do perfume. A vontade que tenho dos seus braços e abraços.
Sou capaz de escutar a mesma música o dia todo.
Não bebo pra evitar qualquer impulso dos meus dedos, mas inundo meu peito enquanto olho pela janela esperando um vento que me traga esperança.
Faço migalhas de um amor quando mostro minha fúria ao trocar alguns passos dentro de casa procurando um motivo pra não ir até sua boca.
À noite, me revirando por falta de força, me perco entre céu e a falta de batidas do meu coração.
Volto aos pulos numa vontade incomensurável de juntar os pedaços que quebrei dentro de mim. Foram sete ou oito, não mais que isso.
Não! Triturar meu peito não poderia destruir a falta de controle que tenho ao sentir essa saudade louca que tenho de você.
Agora, pra me compassar preciso, novamente, tomar doses exageradas do seu tato.
Do seu cheiro.
E beijo.



Música: alguma trancada na memória.

Quando a primavera empurrou o inverno, eu amei.

As flores fizeram festa pelos campos empurrando o gélido ar de um inverno quase nostálgico.
Eu, sentada na grama, sorri com um ar doce, pois sabia quem chegava por trás de mim.
Quando senti suaves golpes de cores nas minhas costas, pestanejei com receio de me virar. Sabia que vinha um redemoinho de sentimentos, entrelaçados e balançando-se, feito os cabelos dela que, com o vento, sempre faziam eu me perder no cheiro agradável de uma pressuposta primavera.
Era à tarde. Tinha sol, o verde e nós.
Convicta do sim, apoiei minhas mãos na grama e me virei.
Dei de cara com o amor golpeando-me com sorrisos e me cobrindo de fantasias.



Ouvindo: Marcelo Camelo - Tudo passa.

Um copo de água, por favor.

É um castigo quando meu coração bate em outro tom e a noite se perde entre as estrelas. Eu passo a manhã – talvez a tarde também. A noite, não, porque seria agressivo, ou até mesmo abusivo, do amor – segurando meus erros.
Me seguro engasgando com a falta de força de um grito ou outro, ou com um nó mal dado dentro da minha garganta. Sinto-o palpitando, querendo sair de mim.
Culpa desse maldito abandono que me pega desprevenida. - Penso: em sonho é hora?
Talvez seja esse desamparo parado em meu peito ou um soluço que tem o seu nome que, vez ou outra, resolve afetar a doce parte de um afeto tão improvável.
Te peço um copo de água.
Por favor! É pra me desembaraçar. Tirar as borboletas da minha garganta. O impulso dos meus dedos. O compasso que o seu sorriso faz dentro da minha cabeça. A rima de uma poesia perdida pelo caminho.
Não – você responde.
Abusada!
Durante o dia, um vazio se forma dentro de mim. Acumula. Os impulsos me abraçam. Me travo.
Amanhã é outro dia.
Suspiro aliviada.
Hoje eu senti falta de olhar escondido o desenho da boca dela e de desviar o olhar em cima da hora.
Eu sempre esqueço de me desviar daquele brilho.
Ela me pega no ar.
Em câmera lenta.
Então, me mira.
Ela já sabe.
Ela já percebeu que eu quero me esconder dentro dela.



Música: Mallu Magalhães - Don't you leave me.
A saudade correu.
Desesperou-se.
(No meio do caminho, me disseram, você perguntou por ela.)
Mas ela
enfrentou a fúria do outono,
apontou suas armas – as mais belas!
e bateu primeiro em meu peito.

Corre logo
pra mim
e toma o lugar dela.

.

Pode vir me ver em sonho
e gargalhar gostoso das minhas mancadas.
Chegar perto pra fazer vontade
com seu jeito manso de encostar nas minhas costas.

Pode jogar todo o seu encanto
no seu sorriso sem o menor recato,
ou fingir que brinca de se esconder
atrás da minha saia bordada.

Moça,
a gente vai ver que o amor vai chegar assim
brincando de poder com qualquer
feito de um dia comum.

Deixa o dia nascer, você vai ver,
e o amor vai balançar
como as ondas de um mar
que fala a sua própria língua.

Vinte e cinco.

Quando nos encontramos,
nossos peitos parecem papel dobrado ao meio
com poesia jogada pelos cantos.
Quando você vai embora,
o papel se corta
e enche com sinônimos de saudade.

Somos dois,
mas estamos sempre em um.

Proposta.

Meu compasso mora dentro dos seus dedos.
Faz de mim o que você quiser.

Me pega no colo com seus braços cheios de músculos.
Tira a minha força,
me deforma.

Tira a minha roupa
e me veste de você.

H.

Gosto quando a gente deita na cama. Fuma um cigarro. Conversa. Sorri. Faz manha.
Eu beijo sua bochecha. Você aperta as minhas.
Eu estalo em alegria e estrelas. A palavra silencia e depois eu te amo.
Como nunca.
Como sempre.

1, domingo às 16:34

Você não me beijou,
nem me deu bom dia
e já saiu pra trabalhar.
Trocamos de lugar.
Mas eu ainda estou te esperando
deitada na cama
porque,
apesar de parecer segunda,
pelos nossos feitos inconsequentes
e pelo dia nublado,
agora ainda é tarde de domingo,
meu amor.

Dentro de você.

Chego em casa.
Luto contra minha própria vontade – a de ouvir sua voz.
Mas luto. Me contorço, me reviro, me esforço, me distraio – ou tento.
Acendo um cigarro. Coloco uma música. Leio temas. Banalidades.

Até novelas.
Te procuro.
Não sobrevivo. Não suporto. Eu não resisto.
Me procuro
e não me encontro. Você não está perto.
Assim, nem eu.

Quero guardar minha vida dentro do seu peito
da mesma forma que a sua está lacrada aqui dentro, amor.

Sinais.

A paz sai pela fresta da porta da sala.
Os pêlos dos braços levantam e procuram por algo.
A faca corta e faz sangrar.
O calendário não chega ao fim.
O relógio não cansa.
Os pés procuram apoio.
As mãos gotejam o calor.
Os passos ficam pesados.
Os sons aumentam.
Suspiro.
Eu ouço perto.
Sou eu.

Não.
É você.
Chegando para passear no meu sonho.

Numa manhã de sábado, na porta da geladeira...

Eu quero um rumo que tenha você como a minha única saída. Quero sair em você, entrar em você.
Quero qualquer verde, qualquer vento, qualquer estrela ardente que me faça bater de frente com os seus olhos. Sentir a força dos seus músculos apertando os meus. O meu corpo bagunçado pela sua presença. Abaixar os meus escudos e te entregar a minha única defesa - ela é sua.
Quero gritar dentro do seu coração a nossa sintonia ecoante que pulsa forte, mas em euforia rítmica.

Quero me soltar das peças íntimas, que seguram o meu corpo, para que você me devore, para que eu me abra inteira numa só direção.
Mas, por favor, meu amor, não se assuste! Isso é a minha calmaria desequilibrada que, vez ou outra, teima em derramar todo o meu amor.

Historinha da moça esperta.

Caminhava todo buliçoso
olhando direto pro meu olho
só porque ontem eu saí na rua
procurando um ponto com nó.

Chegou assim meio avergonhado,
mas dando a cara ao vento
e loguinho perdeu todo o juízo
e adentrou pra confusão.

Já foi dizendo grosso,
pra quem quisesse ouvir,
que meu cheiro e minha mão
pertenciam ao seu coração.

E eu que sou moça esperta,
que não nasci ontens-de-ontem,
tratei pegar na sua mão
e de fugir correndo daquele salão.


Disputa.

Hoje vai ter disputa.
Ao invés das saudades se unirem,
elas vão brigar por atenção.



Para o meu amor.

Ciúme II

Caiu.
Desta vez, quem não segurou
foram as mãos.
Estavam ocupadas segurando o amor.



Música: Sea of love - Cat power.

Ciúme.

Entrelinhas.

Fico feliz quando te vejo feliz.
Isso é amor, não é?


Música: Wake up alone.


Gritos do oposto.

O mal calou-se,
o não se escondeu.
Ficaram seus avessos
exibindo-se
feito corpo ritmado
em dias de sol.




tô cansando disso aqui.

Música: Regina Spektor - Fidelity

Senti-mentos.

Sentir sua mão em dias de primavera,
o cheiro, o sabor.
Meu coração fica aos pulos querendo te tatear inteira.


Discrição mal intencionada.

Ruído da chave,
rangido da porta.
Passos bem tocados,
perfume se espalhando
pelos cantos da casa.

E foi assim.
Sem confidências,
ela entrou
e fez amor comigo.



Música: Moody's mood for love - Amy Winehouse.

Armadilha.

O vento sussurrou seu segredo,
de leve, para o meu corpo.
Eu caí em meio às flores,
ao silêncio
e à poesia
e depois, eu amei.



Música: You know I'm no good.

Samba do meu amor.

O samba só começa depois que a cuíca se estrondeia
e depois que o tamborim anuncia a sua chegada.
Meus passos só se passam depois que a sua voz
entrega sua mansidão e divide comigo a sua paz.

Ah, como eu queria ser sua tarde azul
e voar feito passarinho, que fugiu com medo,
pro seu colo de lençol bem feito.
Ah, como eu queria pegar na sua mão
e te levar pro meu mundo
onde a vida é a escolhida pra ser entregue o nosso prazer.

Meu samba só começa depois que você me chama pra dançar.
Eu sigo o caminho dispensando o estrondeio dos instrumentos
e canto alto o belo jeito malandro da vida
de gozar sua alegria num botequim qualquer, numa tarde qualquer.

Você que lança seu desejo perfumado
que só me beija com o seu gosto molhado
é a vida que eu entrego agora o meu prazer.
Você que leva junto ao pescoço
um cheiro de pele não desvendado
é o segredo que eu quero gritar na hora que o samba tocar.

Ciúme.

Tá pulando pra fora do meu corpo
e meu coração não segura mais.
(Perdeu as forças, coitado.)


Um em dois.

Peguei a fita colorida sobre a mesa
e dei um laço naquele sentimento.
Era só pra eu lembrar
(quando algum pensamento audacioso tentar atropelar a beleza
do seu rosto)
do seu jeito lindo de olhar
quando está com sono.

Eu quis que tocasse bossa nova
pra dançar coladinho com você.
Pôr meu rosto no seu rosto
e me perder dentro do salão.
Dar à vida o prazer de viver o nosso amor
sossegado e presente, feito o silêncio.

Fiquei pensando que a vida ia gostar
de se balançar com a gente.
(feito adolescente)
Ia fazer festa para os nossos sorrisos largos
e para os nossos passos curtos
ao ritmo do sentimento que enternece o nosso tempo.




Do verde nos teus olhos.

Eu podia perceber cada pedaço de sentimento que caía daqueles olhos como eu nunca havia percebido em nenhum outro olhar. Eles estavam sorridentes a cada palavra que eu soprava, a cada toque na pele, a cada risada tímida que eu soltava. Vez ou outra, os cílios dela se encontravam para dar forças a saudade e aquele movimento era tão forte, que me fazia correr com os braços abertos para quebrar toda a intensidade da distância que tinha entre nós. Eram naqueles olhos que eu me completava. Os meus, muito tímidos, dançavam com os dela ao embalo do mais belo som já ouvido por nós duas. O som me trazia sossego e um sorriso bobo no rosto de quem quer sempre ter aquilo para entrelaçar os afetos. Era aquele olhar que acompanhava o ar veloz de uma noite de chuva grossa. E o amor estava lá, ainda inexplorado, mas prestes a cair tão rápido quanto aquela chuva.



Música: Tears dry on their own - Amy Winehouse.

Coração danado.

Hoje ele não quer cantar nada que ele saiba de cor.
Hoje ele quer inventar um jeito diferente de cantar
só pra dor do coração se enganar.
Ela atropelou as rimas da canção
e fez a voz dele balançar num ritmo só.
Agora ele tenta, de novo, se equilibrar
que é pro coração parar de chorar.

Mas ele tentou,
ele cantou o que tem que cantar
só pro coração parar de soluçar.
Mas se ele não parar,
ele vai ficar esperando o próximo sorriso passar
que é pra ele sorrir e acompanhar.

Sorriso bonito não pode andar sozinho,
ele sempre diz.
E logo, logo o coração já tá suspirando de novo.
Coração mais danado esse!
E lá vai ele andando todo malandro pela rua
com a gravata posta e chapéu de sambista
olhando pras morenas que passam
que é pra vida ser mais divertida.




Música: Empty shell - Cat Power.
Ouçam Cat Power, por favor.
;)

Fim do mundo.

Assassinaram a poesia,
tiraram o jazz da vitrola,
pintaram as vidas de cinza
e desacreditaram na fé.

Fim.


Música: Inexplicata - Apollo Nove.

Tempos de solidão. (Ou de desamor.)

Solidão não atrapalha,
não dói.

Solidão é companhia para o pensamento.
Ela costura aquele horizonte agitado e
enternece o sentimento.


"Tempos em que, na verdade, é o desamor que te consome e você faz uso da imaginação para tentar provar que ser sozinho não é tão ruim."



Música: O mundo - Moska.

Love is a losing game.

''Why do I wish I never played?
Oh, what a mess we made
And now the final frame
Love is a losing game."


Troca de papéis.

E quando o papel
não permitir que você
espalhe palavras de amor
naquela doce branquidão
e rasgar-te ao meio,
eu vou surgir,
feito cor de afeto,
pra colar-te de amor,
meu amor.



Para ele.


Música: Stronger than me.
''You should be stronger than me''

Tola.

Eu quis me perder dentro do seu sono
pra ver se eu ainda habitava os seus sonhos.

Bobagem minha.
Fiquei zanzando lá à toa.



Música: I heard love is blind.

Imperfeição.

Eu vou juntar todo o meu ódio,
colocar no envelope
e endereçar a você.

No bilhete:
Menina,
toma o meu ódio
cheio de cacos,
cheio de pontas.

Toma o meu ódio
cheio de contrários.
Desarranjado.

No final do bilhete
em letras pequenas:
Cuida dele.
Ele é só o meu amor
com algumas imperfeições.




Música: Valerie - Amy Winehouse.
"Valerie"

A dona dos meus dias.

Ela me sorri com gosto de amor todas as manhãs,
me canta feito um samba de Chico Buarque todas as noites,
me olha escondido todas as madrugadas
e todos os dias,
durante o dia, ela é a minha novidade.

Só ela
me faz derramar palavras num papel.
Só ela
exala o perfume de rosa roubada do jardim ao lado.
Só ela
me despe do passado.

Ela me acorda com um beijo que é só dela
e me faz lembrar de como é lindo cantar alguém.
Ela me coloca no seu compasso
e me solta dentro da sua vida.
E eu, aaah! Eu me perco dentro de tanta delicadeza.

Só ela
me encanta feito dança.
Só ela
me delicia feito o silêncio.
Só ela
tem a presença doce de um amor de domingo.

Só ela, só ela.


Amo você.
Cada vez mais forte.
Ouvindo: Daniela Mercury - Beat lamento.
"Meu coração baticum por você"


Paz.

Eu quero entregar
a minha saudade na sua mão
e te amar,
te amar,
te amar.



Ouvindo: Amy Winehouse - What it is about men.

Um pedaço para o meu amor.

Eu gosto de você porque você descobre coisas em mim que eu não sabia que existiam e com isso, eu percebi que dobrar os dedos dos pés já não tem o mesmo gosto se eu fizer isso sem ter você pra rir.(...)


(...) Eu gosto de você pela sua segurança de ser você. Gosto da sua certeza de que vamos ficar juntas um dia, do seu jeito de contar as coisas e de esconder algumas só pra não me magoar. Das roupas que você veste, das cores que você escolhe, das manhas, dos bicos e da boca sexy – ui! Gosto da sua educação – inclusive na hora de discutir. Do seu falar manso, da sua sonoridade, da sua leveza, do seu brilho e da sua luz que me ilumina todas as manhãs. Gosto do jeito que a sua mão move os objetos, do jeito que você se move, do seu andar lento, do seu banho lento, da sua indecisão. Gosto de você porque você respeita o meu tempo, o meu silêncio e minhas manias. (...)


Amo você.



Ouvindo: Amy Winehouse: In my bed.

Sentido.

A sua presença tem o gosto do silêncio cantando.




Ouvindo: Amy Winehouse - You sent me flying.

Ficaram os pedaços que o vento deixou.

O seu amor passou de raspão. Quase me acertou do jeito que tinha que ser.



Ouvindo: Amy Winehouse - Amy, Amy, Amy.

Era segredo.

Às vezes, meus sentimentos se exageram. Querem sair pulando em seu colo e adormecer sobre o afago dos seus dedos.


- Hoje eu cheguei na minha casa com uma daquelas inspirações que tenho sempre depois que te leio, te canto, te toco.


Ouvindo - Moska: Seu olhar.

E a minha coragem me deixou na mão.

Eu ando triste, sabe?
É que a sua doçura acertou meu coração naquele dia e eu não consegui me mover.



Ouvindo: O teatro mágico - O anjo mais velho.

Ponto fraco.

Você

- E eu despenquei de tanta fraqueza.



Ouvindo: Amy Winehouse - Rehab.

Coração bêbado.

Deixa eu tomar o último gole de você e cambalear na nossa loucura. Enquanto a manhã não cai, vou tomando o meu porre e vagando pela noite primaveril fantasiando o meu sonho para a próxima estação. Deixa que, depois do porre, minha insônia tenha o seu nome e o seu gosto embriagado e misturado com o meu. Eu vou confundir a noite sofrida com a minha ilusória alegria bêbada e quando, enfim, a manhã cair, eu vou lembrar do seu cheiro doce derrubando os personagens dessa minha história e tirando onda com meu coração apaixonado.


Ouvindo: Amy Winehouse - In my bed.

Suave amor.

Deixa o vento invadir a sala e
balançar a cortina de pano leve.

Deixa o vento espalhar o nosso segredo e
mover as páginas do livro sobre a mesa.

Deixa o vento tocar a nossa pele e
esboçar o nosso sentido.

Deixa o vento espalhar o sentimento e
passear pelos nossos sorrisos.

Deixa o vento ser o que ele é, amor.
Sem pressa, leve, suave.

Suave vento do amor.

Ouvindo: Amy Winehouse - Back to black.